segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

PROG, o BRUCTUM 2

Tonia retirou as mãos do parapeito, enfiou-as nos bolsos de trás, evidentemente masculina. Ela na frente, nós dois de lado. Ele à minha frente, eu frente ao computador. Quando Tõnia caminhava parecia que todas as nuvens do céu se moviam atrás dela Pela janela tranquila, até pelo quarto onde o abajur ainda não fora apagado, dsde ontem, quando deixei a festa na sala, parei de dançar, para jogar-me na cama,de mocassim e tudo!
Tonia passa para o quarto, olha a estante,folheia minha pilha de revistas de sacanagem. Ele pegaria Ulisses, capa dourada, primeira edição da editora Civilização Brasileira, tradução do filólogo Antonio Houais. Minhas pernas, dobradas no joelho,e os pés de Tonho sober minhas coxas.As mãos de Tonho, grandes, seguraram James Joyce que Tõnia estendeu com seu incisivo braço PROG.
um silêncio à beira de livros, revistas no ambiente quarto e sala com luz da janela, já que Tônia apagou o abjur de cabeceira. Agora que Tônia viu os títeres revolucionários e o papel de presente conservado na estante. Minhas mãos calejadas estavam bem apoiadas nas pernas de um Tonho muito
à vontade; e Tônia ficou nas pontas do pé, braços estirados para cima, agitando as mãos freneticamente.
Também tinha na estante CLockwork Orange, Quarup, Dom Quixote e Scott Fitzgerald, todos comprados em sebo, ao lado uns dvds de musicais americanos e cds e mais cds, de Nara Leão a Ivete Sangalo. Sem esquecer de Luciano PAvarotti e os primeiros Sandy e Júnior da fase pentelha, eu sempe dizia. Tõnia ao ver os títeres de feltro enlouqueceu de tanto agitar, agitar as mãos.
Nos empurramos num momento em que o astro rei era encoberto por nuvens e mais nuvens e caímos, juntos,na cama. Estrondo na minha cama de solteiro! Minha cama que fica no meio do quarto, e não encostada á parede. Os peguei pelas mãos que se apertaram. A vizinha do lado, dava para ouvir, cantava Let the Sunshine.
Tinha esquecido de vestir as calças enquanto Tônia se conectava ao PROG, o BRUCTUM. Passo as mãos nas calças indigo de Tonho, duras, azuis, novas. Parece um novo mundo aquele tecido rústico e de sofisticação azul-marinha. Está sem meias, mas seus sapatos são mocassins também, marrons, com fivela na frente.
Tônia numa camiseta branca, e seus seios pequenos, verdadeiras frutas brancas, as mangas curtas, e calça branca com botões dourados. Deitada de costas no colchão. Eu e Tonho, de lado. Sentimos um calor bom. O sol lá fora começava a ficar inclemente, antes de as nuvens se sucederem. Um sol muito forte. Suávamos depois de apertarmos muito nossos corpos.Mas não fomos carnais a ponto de penetrações e tal e coisa.
Me vesti depois, e me pus a escrever algumas cenas futuras de Semi-Esforço na página mesma de PROG, o BRUCTUM. Mais uma postagem, que durou até à noite. Enquanto eles pegavam num sono leve.
O telefone tocou.

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