sexta-feira, 23 de maio de 2008

parte inicial 3

As frases de um jornal são cortantes, eu sei, são cruéis e o que escrevi sobre sua perfomance naquele restaurante quase a céu aberto, foi sobre eles serem artistas que transparecem no que fazem e seus atos cênicos silenciosos e com palavras estabelecem um distanciamento, milagroso. Publiquei no jornal e também no meu blog, o PROG, que eram livres por causa da arte,
Depois trarei para cá, em outro capítulo o meu artigo.
Zito começou a tocar uma trilha. Tonho abre e fecha as mãos como um sinal íntimo. Tônia articula os lábios mas não pus palavras, ainda. Agita a cabeça e coloca as mãos nos seios.
No dia que se seguiu ao que a matéria saiu, Tônia foi à redação do ATENÇÂO, o jornal de bairro onde ganho nem mil paus. Eu estava à janela.Tonho tinha ficado na calçada olhando para o tránsito; eu o vi, calmo, pela janela da redação da redação enquanto Tõnia colocava fotos que não eram só deles sobre minha mesa. Ela sorria, outras seu lábios ficavam duros, firmes. Ainda não nos conhecemos muito, mas às vezes parece.

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