sexta-feira, 23 de maio de 2008

Zito, o sonoplasta, ao entrar e sair de salas de espetáculo sonha está, mudamente, a postos

Os conheci de uma matéria que fiz para o jornal ATENÇÂO ( é onde trabalho) quando cobri, comentei, perfomance deles, na CEASA, por exemplo, de Botafogo. E estreamos neste palco desta sala montada em casa histórica que foi toda destruida por dentro para a construção do teatro. Isso há algum tempo. Aqui estamos sob a luz de Marcello; e Zito se apressa. O vi subindo para a cabine, antes de o jornal cair. É proposital.
Marcello conhece Zito de sessão de cinema alternativo que exibia um filme neo-realista. Se encontraram outras vezes antes de estarem aqui. Mas isso só daqui a pouco vai se saber. Zito apresentou para ele velhos filmes de kung fu numa sala de cinema que também exibia clássicos filmes pornô e Marcello riu muito da cara dele quando contou, numa noite e para todos nós, ao Tônia exigir que contassem como se encontraram outras vezes. MArcello diz que gostara do andar e expressão quietas de Zito que se apresentou para ele, no banheiro do cinema, como sonoplasta. "Ele falou baixo", ria Marcello, ele foi tão solícito com uma caixa de fósforo que não lhe recusei meus olhos graves, por sob os óculos, ao convidar-me para uma cerveja.
Tônia então detonou " aaaah amor à primeira vista!" e pegou o maço de cigarros do bolso da camisa de Tonho, que está parando de fumar, e diz: "O neorealismo é amigo das ruas, e dos homens". Cruza as pernas, empertiga-se na cadeira das mesa e depoi da primeira baforada simula uma tosse, mãos no peito, até abrir os braços e tirar os pés dos sapatos de salto alto. E completa: " E o glamour? É?". Tira da bolsa um still autêntico de Laddri di Bicicletta!

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